11.11.19
SOMOS VERSOS
Rogério Martins Simões
Na poesia somos versos
Tão iguais mas tão diversos
Somos beijos deste enlevo.
E as pérolas do teu olhar,
Que ao meu fazes chegar,
São letras do que te escrevo.
Meus versos, não os escondas.
Nem os atires às ondas
Nem os deixes ao luar.
Que há tanta poesia em ti
Nos poemas que te escrevi
P´ra eternamente te amar.
Numa folha de papel
Reescreveste a pincel
Um poema que te fiz.
Não esquecerei o prometido
E fiz dele o meu cupido
Neste amar que sempre quis
E no silêncio profundo
Quando me afasto do mundo
Por caminhos tão diversos.
Recordo o que te escrevi
Pois sempre verei em ti
A musa dos nossos versos
Praia das Bicas, 05/11/2019 15:03:20
(À Bety e com muito carinho: à nossa amiga Luísa Santa)
SEM VONTADE PARA RIR; SEM MOTIVOS PARA CHORAR
Existem momentos na vida em que a vida pára à espera daquele diagnóstico que não se espera. Parece que tudo nos cai em cima e por mais que se lute contra as contrariedades próprias da vida, só quando se conhecem os resultados se entendem os sentidos: Ou se dobram os sorrisos; ou se desdobram os choros.
O poema que acabaram de ler tem um simbolismo diferente que o torna e o transforma num marco na vida. Este meu poema – “Somos Versos” foi escrito num caderno, entre uma longa espera, que não se espera, e aquele espaço no tempo em que não se tem qualquer vontade de rir nem motivo para chorar.
Chegámos cedo e ainda tinha lugar sentado junto da minha companheira que tinha hora marcada. Depois, enquanto a esperava e desesperava para saber se poderia rir, tivemos de adiar os sorrisos para o próximo dia 16.
Enquanto ali estava pensava. (Todos pensam e repensam naquela situação) e como o tempo de espera duplicava desci as escadas de pedra e por ali andei às voltas esquecendo até que pouco andava mas andei a pé e estava a chegar aonde os meus passos me levavam.
Não estava longe do ponto de partida, nem do tempo que a minha linda mulher ainda por ali esperava.
Quando reparei em mim estava à entrada do local onde decorreu a apresentação do meu livro GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO: no NOVOTEL e tinha percorrido uma grande parte da Avenida José Malhoa e outras adjacentes.
Sem ter qualquer plano ou sequer ter pensado em ali voltar, ali acordei fazer a apresentação do meu novo livro “POEMAS DE AMOR E DOR”.
No próximo dia 16 estaremos de volta aos corredores dos silêncios amedrontados onde ficarei à espera da Elisabete que raramente perde o sorriso. Ali tão perto de um local onde em 2014 me senti feliz.
No dia 23 de novembro lá vos esperamos com POEMAS DE AMOR E DOR no NOVOTEL pelas 16 horas.
SEJAM TODOS FELIZES
Meco, 11/11/2019 22:36:30