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PÓVOA - PAMPILHOSA DA SERRA

José Augusto Simões, nasceu na Póvoa Pampilhosa da Serra em 1922 Faleceu em 2016

José Augusto Simões, nasceu na Póvoa Pampilhosa da Serra em 1922 Faleceu em 2016

 

DEDICATÓRIA

 

Blog dedicado a meu pai

JOSÉ AUGUSTO SIMÔES

Nasceu em 1922 e faleceu em 2016

E ao seu povo que o viu nescer.

Um Povo só é grande quando tem história.

A Póvoa tem uma bonita história:

a riqueza e a pureza do seu povo.

Esta é a homenagem e o agradecimento

 que presto a tão grande homem e ao poeta.

Do seu filho

Rogério Martins Simões


14.02.21

Este será certamente um marco importante na minha vida. Meu pai com 84 anos, poeta e homem bom voltou a escrever um magnífico poema.

Os poetas são assim. De repente quando menos se espera ressuscitam nas palavras

Reparto convosco este momento de muita felicidade, pois desta vez “meu mestre” resistiu à tentação de escrever e não rasgar.

Por vezes um homem chora. Hoje choro de felicidade com a beleza deste poema

Pai,

Que montanha nos reserva o futuro

Se o futuro passou sempre por suas mãos?

Beijo as suas mãos, meu querido pai!

Rogério Martins Simões

 

NOTA: Meu saudoso pai faleceu 10 anos depois de ter escrito este belo poema. Meu pai

Está agora no alto da sua montenha,

Que saudade meu pai,

 

A MONTANHA

(José Augusto Simões)

 

Subi a montanha

Para ver a beleza

Queria falar sozinho

Com a natureza

Olhei para o céu

Mas não vi ninguém

Só vi umas nuvens

Em forma de véu

Ao chegar ao alto

Era muito cedo

Havia uma voz

- Tu não tenhas medo

Chegando ao cimo

Logo me deitei

Tudo era um sonho

Quando acordei

Desconhecia tudo

Onde me encontrava

Queria subir mais alto

Mas não tinha estrada…

Olhei para o lado

E vi um caminho

Uma voz me disse

Não subas sozinho

Pensei duas vezes

Não quis arriscar

Do alto do monte

Já só via o mar…

Como era tarde

Pensei em descer

O medo era tanto

Que me fez tremer

Assim a tremer

Vi uma escadaria

Eu desci por ela

Mas vi o que queria…

15/8/2006

 


04.04.17

##########.jpg

 

SIGA A FESTA

Rogério Martins Simões

 

Continuo a pensar que a promoção deste quase abandono das terras do interior – da Beira Serra – foi, e é um grave erro político.

Quem conhece a Pampilhosa da Serra sabe que a maior parte da população é constituída por idosos. Quem lá vive, e conheceu o "antigamente", repara, apesar de algumas melhorias levadas a termo pelas Comissões de Melhoramentos e pela Câmara Municipal, que a juventude tende a "fugir", como sempre…

 

O desenvolvimento de um turismo "de ar puro", de "pura água cristalina", irá ter no futuro um enorme incremento e a Beira Serra tem todas as condições para ser um dos locais preferidos.

Mas um desenvolvimento não se pode fazer sem ter em conta a preservação dos sinais, dos locais, dos vestígios culturais de um povo. Perdoem-me: fico muito triste ao ver casas medievais arrasadas sem intervenção arqueológica. Salvaguardando a existência de carta arqueológica do concelho, que desconheço; considerando as notícias e os documentos históricos que nos dão conta daqueles locais terem sido povoados por povos primitivos, uma questão paira na minha cabeça: onde para o espólio arqueológico do Concelho? Talvez o defeito seja meu – tenho participado desde 1961 em trabalhos arqueológicos nomesadamente medievais e olho os sítios de uma maneira diferente.

Talvez me preocupe demasiado… com estes assuntos. Porém, tomem a devida nota: daqui a alguns séculos haverá pelas serras grupos de arqueólogos a procurarem o que indevidamente destruíram, deixaram destruir e irão destruir.

Não se culpe o povo! O povo que não dá valor a cacos velhos partidos.

- Ainda que fosse algum tesouro!?

O maior tesouro da Pampilhosa está no seu povo e nos sinais da sua presença – na sua riqueza cultural que se vai definitivamente arrasando.

Deixando estas considerações o Concelho da Pampilhosa da Serra carece de mais infraestruturas, de estradas sem curvas a ligar às grandes redes viárias. O Concelho na Pampilhosa da Serra, a Beira Serra, apesar de ser o pulmão de Portugal, e fonte quase inesgotável da água que abastece Lisboa e não só, não foi, nem é compensado, bem pelo contrário: é simplesmente votado ao abandono. Mais uma vez lhes digo: virá o dia em que a água terá mais valor que o então extinto petróleo e o ar será disputado pelos povos.

O Lar da Santa Casa da Misericórdia da Pampilhosa da Serra e a fixação de idosos às suas velhas aldeias é um exemplo a seguir e a fomentar. Existe acompanhamento e assistência no domicílio a idosos que, assim, continuam ligados às suas aldeias. Seguindo esta ideia, sabendo e conhecendo que muitas aldeias já estão abandonadas definitivamente, penso que poderiam ser apoiadas, essas aldeias e esses lugares, criando condições de vida para lá morarem os idosos que quisessem em vez de os colocarem em "silos". Falo concretamente em habitações - casas individuais ou coletivas com todas as condições. Falo em disporem de equipamentos de lazer, falo em investimento e em criação de postos de trabalho.

Dou mais uma vez o exemplo da aldeia onde meu pai nasceu, a PÓVOA. Os idosos que por lá vivem são bem mais felizes que os colocados em lares da terceira idade: Mulheres e homens jogam às cartas na casa do povo, semeiam e cultivam pequenas hortas próximas de casa e, agora que finalmente o Governo "acordou" para a injusta perseguição aos produtos tradicionais, talvez possam voltar a criar alguns animais para consumo caseiro, como sempre o povo criou.

Talvez volte a "petiscar" uma canja de galinha ou uns torresmos sem serem de "aviário".

Esta é a mensagem que vos quero deixar, num tempo de festas de verão, num tempo de aldeias e casas cheias. Pena que seja curto e novamente o povo trilhe os caminhos da diáspora.

Mas os tempos são de "mudança"! Siga a festa!

Lisboa, 5 de Agosto de 2008

Rogério Martins Simões

 


19.08.16

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O SOL

José Augusto Simões

 

Sol divino, Sol divino

Lindo é vê-lo nascer

É mais um dia na vida

Deus nos dá para viver

 

Sol divino, Sol divino

Que ilumina toda a terra

Desde o mais profundo vale

Até ao mais alto da serra

 

Sol divino, Sol divino

Que nos dá tanta alegria

Acaba a noite cerrada

E irrompe o claro dia

 

Sol divino, Sol divino

Nos dá tanta beleza

É a estrela mais bela

Que nos dá a natureza:

 

Quando está ao pé do rio

Em cima de uma cascata

O fundo parece de ouro

A água da cor da prata

 

Todo o ser vivo se mexe

Quando vê nascer o Sol

Os passarinhos cantam

Trina o lindo rouxinol

 

 Rouxinol que bem cantas

Onde aprendeste a cantar?

- No cimo daquele salgueiro

Com os ramos a abanar!

 

Todas as aves cantam!

Cada qual com sua voz!

Eu já acompanhei o rio…

Da nascente até à foz

 

Estou velho! Tu és menino

Nunca irás envelhecer

Sol divino, Sol divino

Sem ti não posso viver

 

Lisboa, 25/9/2007

 

DEDICADO AO POVO DE PRAÇAIS

PAMPILHOSA DA SERRA

 

Com este poema, do meu querido e falecido pai, pretendo agradecer a todos – e foram muitos – Que me enviaram mensagens de condolências. Assim, na impossibilidade de me dirigir a cada um de vós, e por acreditar que meu pai está na luz, nada melhor que reeditar o seu poema “Sol” Divino de José Augusto Simões.

 

E a mim, seu filho, cabe-me dedicar a meu pai o meu poema: POETA ESTAIS DE PARTIDA

 

POETA! ESTAIS DE PARTIDA

 

Retomo a minha viagem,

E peço aos céus a coragem,

Para enfrentar a descida…

Parte barco numa onda:

Que o meu corpo se esconda

Do aceno na despedida.

 

Vai o barco a soluçar,

E no cais fica a chorar

Uma lágrima despida…

Mar que bem cedo se agita,

Que chama o arrais que grita:

Poeta! Estais de partida…

 

Meu barco que não comando

Diz, aos céus, por seu desmando

Que a viagem acaba ali…

E a alma vendo-me triste,

Solta o corpo que resiste,

Olha o meu barco, e sorri…

 

Praia das Bicas, Meco, 07-10-2011 20:00:42

 

Simões, Rogério, in “GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO”,

(Chiado Editora, Lisboa, 1ª edição, 2014)

 

 

 

 


01.06.16

RAMOS

A minha família, da Pampilhosa da Serra, do lugar da Póvoa.

 

Tendo por base o excelente trabalho do meu pai, José Augusto Simões, que nasceu no lugar da Póvoa em 1922; Considerando as novas tecnologias de informação que os utilizadores da internet têm à sua disposição, nomeadamente o acesso às bases de dado do site http://etombo.com, foi possível reconstruir com maior rigor a linha parental da família Ramos a que pertenço. Assim, embora da minha parte ainda não a possa dar como finda, apresento o trabalho iniciado por meu pai com algumas novidades.

Consegui localizar o registo de batismo do meu bisavô paterno, JOÃO ANTÓNIO que nasceu na Póvoa em 1794. João António era filho de JOÃO ANTÓNIO, natural do lugar de PESCANSECO do MEIO, casado com LUÍSA MARIA NUNES, natural da Póvoa. João António (filho) casou com a minha bisavó MARIA RAMOS. A minha bisavó Maria Ramos terá supostamente nascido no lugar de ALDEIA DO MEIO, filha de FRANCISCO RAMOS, natural da Aldeia do Meio e de ANA MARIA, natural da ALDEIA FUNDEIRA.

Desde sempre estranhei que o meu bisavô João António tivesse apenas dois filhos. Na verdade consegui descobrir mais 3 filhos, os abaixo identificados, passando de dois para cinco o que era normal à época.

Finalmente, como metodologia, passarei a colocar letras nos nomes das gerações mais antigas que descobrir. Assim darei a letra A) ao pai do meu bisavô João António, casado com Luísa Maria Nunes. Dado que consegui descobrir o registo de nascimento de João António (filho) foi possível identificar os nomes dos seus pais e avós.

Dado que o autor deste trabalho é meu pai, seguidamente, mantenho as relações de parentesco relacionadas com meu pai – José Augusto Simões.

Mais uma vez solicito aos descendentes desta linha dos Ramos da Póvoa, Moninho e da Aldeia do Meio para me ajudarem a preencher alguns espaços.

Meco, 15-08-2011 18:11:48

Rogério Martins Simões

 

Assim, passo a palavra ao meu querido pai:

A família do meu avô materno, Francisco António Ramos, era da Póvoa.

A minha avó materna, Antónia de Almeida, mãe de minha mãe, Maria da Ascensão Ramos, era da família Almeida de Moninho.

Moninho, terra querida, onde só 4 famílias não pertenciam à minha descendência.

De acordo com um testamento, cujo documento se encontra na posse do meu filho, os meus bisavôs, por parte de minha mãe, são João António e Maria Ramos.

João António era irmão de Joaquina Luiza, http://193.137.201.198/pesquisa/ODDisplay.aspx?move=next&DOId=3748&NodeID=_317637 com a profissão de “fiadeira” que nasceu na Póvoa em 1801 e era casada com Manuel Pedro e não tiveram filhos.

Parece-me, lendo aqueles documentos, que Maria Ramos, minha Bisavó, terá casado na Póvoa com o meu bisavô João António que era da Póvoa.

A verdade é que Joaquina Luiza deixou em testamento aos seus sobrinhos e meus avós, Francisco António Ramos e Antónia de Almeida, as propriedades que possuía, nomeadamente, uma terra de milho na chamada “Quebrada” e uma barroca com seis castanheiros e duas testadas, num lugar a que chamam “Vale da Maia”, adquiridas a Manuel Barata e sua mulher Joana Gonçalves.

 

 

  1. MANUEL ANTÓNIO, casado com LUÍSA DE ALMEIDA. (desconheço ainda as datas dos nascimentos)

 

  1. JOÃO ANTÓNIO, natural de PESCANSECO DO MEIO, casado com LUÍSA MARIA NUNES, da PÓVOA, pais de JOÃO ANTÓNIO, do lugar da Póvoa. (Luísa Maria Nunes, era filha de JOÃO DE ALMEIDA e de MARIA NUNES, da Póvoa).

http://193.137.201.198/pesquisa/ImageFullScreen.aspx?DOId=11906&FileID=657929

localizei 5 filhos:

B1 João António, nasceu na Póvoa em 1794 (VER C)

B2 António, nasceu 1797 na Póvoa

B3 Leonor, nasceu em 1798 na Póvoa

B4 Joaquina Luísa que nasceu em 1801 na Póvoa

B5 Manuel António, nasceu na Póvoa em 1804

 

  1. JOÃO ANTÓNIO, natural da Póvoa, filho de João António e de Luísa Maria Nunes, nasceu em 1794 na Póvoa, http://193.137.201.198/pesquisa/ODdisplay.aspx?DOId=3748&NodeID=_317582  casado com MARIA RAMOS, (FRANCISCO RAMOS, natural da Aldeia do Meio e casado com Ana Maria do local de Aldeia Fundeira, são os pais de Maria Ramos. ) e tiveram 5 filhos:

 

 

  1. Maria, que nasceu na Póvoa a 15/7/1828. http://193.137.201.198/pesquisa/ImageFullScreen.aspx?DOId=11906&FileID=657774
  2. António de Almeida, que nasceu na Póvoa a 29/11/1830. Profissão sapateiro http://193.137.201.198/pesquisa/ImageFullScreen.aspx?DOId=11906&FileID=657815
    • Antónia, que nasceu em Moninho no dia 28/01/1867, registo 218, filho de António Almeida da Póvoa e de Maria Almeida de Moninho, Neto paterno de João António e Maria Ramos, da Póvoa, materno Manuel Lopes e Maria Almeida.

 

  • Francisco, que nasceu em Moninho no dia 18/02/1868, registo 261, filho de António Almeida da Póvoa e de Maria Almeida de Moninho, Neto paterno de João António e Maria Ramos, da Póvoa, materno Manuel Lopes e Maria Almeida.

 

  • João de Almeida, filho de António de Almeida e de Maria de Almeida, nasceu em Moninho em 1870, neto de paterno de João António, e Maria Ramos. Neto materno de Manuel Lopes e Maria de Almeida.
  1. Antónia, que nasceu na póvoa a 28/8/1833. http://193.137.201.198/pesquisa/ImageFullScreen.aspx?DOId=11906&FileID=657854
  2. JOSÉ RAMOS, nasceu a 5/4/1835, casado com Antónia de Jesus. Os meus tios-avós (irmão do meu avô Francisco António Ramos) tiveram 4 filhos. http://193.137.201.198/pesquisa/ImageFullScreen.aspx?DOId=11906&FileID=657882

 

  1. António Maria Ramos, casou com Maria da Trindade e teve 6 filhos:
    • José Maria Ramos nasceu a 5 de Junho de 1916 e faleceu a 7 de Abril de 1991;
    • Albano Lopes Ramos nasceu a 15/8/1919 e faleceu a 21/5/1986;
    • António Maria Ramos nasceu a 9/11/1921;
    • Eduardo Ramos nasceu a 12/10/1924;
    • Alberto Ramos nasceu a 7/4/1933;
    • Maria dos Anjos Ramos nasceu a 25/11/1935
  2. José Maria Ramos casou em Pescanseco e teve 5 filhos;
    • Manuel Ramos;
    • José Ramos;
    • Joaquim Ramos;
  3. Bernardina de Jesus Ramos, nasceu na Póvoa a 5/12/1873 casou com José Gonçalves e tiveram 3 filhos: http://193.137.201.198/pesquisa/ImageFullScreen.aspx?DOId=3761&FileID=318374
    • Maria Gonçalves nasceu em 1907;
    • Manuel Gonçalves nasceu em 1910;
    • Maria da Encarnação Gonçalves nasceu em 1912.
  4. Maria de Jesus Ramos, casou na Ribeira de Praçais e teve 5 filhos:
    • José Ramos;
    • Eduardo Ramos;
    • Francisco Ramos;
    • António Ramos;
    • Amália Ramos.
  5. Antónia Ramos (Tonita do Vale) não deixou descendentes. Nasceu na Póvoa a 19/1/1886 http://193.137.201.198/pesquisa/ImageFullScreen.aspx?DOId=3761&FileID=318441

 

  1. FRANCISCO ANTÓNIO RAMOS, nasceu na Póvoa a 24/2/1839. Filho de João António da Póvoa e Maria Ramos da Aldeia Fundeira. Neto paterno de João António, natural de Pescanseco do Meio, e Luísa Nunes da Póvoa. Neto materno de Francisco Ramos da Aldeia do Meio e Ana Maria de Aldeia Fundeira http://193.137.201.198/pesquisa/ImageFullScreen.aspx?DOId=11906&FileID=657929 e casada com ANTÓNIA GONÇALVES DE ALMEIDA, nasceu em Moninho a 1/6/1836. Filha de João Rodrigues e Maria de Almeida de Moninho. Neta paterna de Custódio Rodrigues, de Pessegueiro de Baixo e Maria Henriques, do Coelhal. Neta materna de Francisco de Almeida, natural da Moninho e Josefa Gonçalves, natural das Moradias.

http://193.137.201.198/pesquisa/ImageFullScreen.aspx?DOId=11906&FileID=657895

(Os meus avós) tiveram 3 filhos:

 

 

  • JOSÉ RAMOS DE ALMEIDA, meu tio, que nasceu em 17/9/1877 e faleceu em 6/6/1966. Era casado com Palmira da Conceição, que nasceu na Póvoa em 1894 e tiveram 4 filhos:
    • José Augusto Ramos de Almeida nasceu em 14/10/1917;
    • Maria dos Anjos Ramos nasceu a 1/7/1921;
    • Laura Ramos (Laurita) nasceu 11/8/1922;
    • Eduardo Ramos de Almeida nasceu em 11/12/1930.
  • MARIA DA ASCENSÃO RAMOS, minha mãe, que nasceu em 6 de Janeiro de 1882 e faleceu em 12 de Março de 1938. http://193.137.201.198/pesquisa//ImageFullScreen.aspx?DOId=11907&FileID=658224 Avós maternos: JOÃO RODRIGUES E MARIA GONÇALVES DE ALMEIDA. Casou com meu pai ANTÓNIO ANTUNES SIMÕES que nasceu a 24/03/1880 e do seu casamento tiveram 5 filhos:
    • Maria da Nazaré Simões, nascida a 21 de Abril de 1913 e faleceu a 22 de Janeiro de 1975;
    • José Maria Simões, nasceu em 1915 e faleceu em 1920;
    • Laura da Conceição Simões nasceu em 1917 e faleceu nesse ano com 7 meses;
    • Laura da Conceição Simões nasceu a 4 de Dezembro de 1919 e faleceu em 25 de Abril de 1997;
    • José Augusto Simões nasceu em 20 de Maio às 5,30 da manhã, mas, por engano, estou registado como tendo nascido em 19 de Maio de 1922.

 

Em memória da minha mãe Maria Ascensão Ramos

 

José Augusto Simões

2004-02-23

Atualizado em 15-08-2011 18:19:37

 


13.05.15

 

03050057.JPG

 (Foto de  Padre Pedro)

 

SAUDADE

José Augusto Simões

 

Falei à serra da Amarela

Que respondeu a chorar

Uma menina tão bela

Já ninguém a quer amar

 

Foste por Deus aí colocada

Ninguém te irá esquecer

Por todos serás amada

OH! Serra não vais morrer.

 

Conhecem o teu valor

Todos te veem com agrado

Agradecem e dão louvor

O pasto que deste ao gado

 

Tanta gente por ti passou

Por essa serra pitoresca

Por momentos se sentou

Tu lhe deste água fresca

 

Eu que nunca fui pastor

Por ti fiquei enfeitiçado

Ia ver-te por amor

E fiquei teu namorado

 

Tu me conheces de criança

Ia ver-te com alegria

Fiz contigo uma aliança

Para ver voar a cotovia

 

Já não vejo os pastorinhos

Que tu vias com agrado

Só existem os passarinhos

Na serra acabou o gado

 

Já não te posso visitar

Como em criança o fazia

Para ver as lebres saltar

E ouvir o piar da cotovia

 

Estou velho, vivo na cidade,

Escrevo-te estas linhas

São versos de saudade

Chorando saudades minhas.

Lisboa, 3 de Setembro de 2011

 


07.03.15

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MEU AMOR DEU-ME UMA ROSA

José Augusto Simões

 

Meu amor deu-me uma rosa

Do jardim da sua mãe:

Uma rosa tão mimosa

Nem sei o valor que tem.

 

Eu tinha a rosa na mão

Não sabia onde a guardar

Guardo-a no teu coração

Enquanto a rosa cheirar.

 

Se a tiro da minha mão

Outras a podem cheirar

- Eu só tenho um coração

Guardado para te dar.

 

Se me deres o teu coração

O teu ao meu vou juntar:

Assim, num só coração

No meu jardim vou guardar.

 

O jardim da minha mãe

Não tem rosas ao luar

Só tinha a que te dei, meu bem

Já não tem outra para dar.

 

Lisboa 4 de agosto de 2013


06.03.15

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O OUTEIRO

José Augusto Simões

 

Pensei em subir ao outeiro

Para ver as mais lindas flores:

Fiquei cercado pelo nevoeiro

E por flores secas sem cores.

 

Era muito cedo e esperei,

Pela luz do meu desencontro:

Vi nascer o astro rei

Que veio ao meu encontro.

 

Quando o sol brilhou

Ficou tudo num manto:

Tudo se transformou

Era assim o meu encanto.

 

Ficou linda a paisagem

De matos todos garridos

Estavam bem disfarçados

Todos os matos floridos.

 

Quando olhei para o alto,

Avistei uma planta airosa.

Subi ao cume num salto

E encontrei uma linda rosa.

 

A rosa era muito nova,

Nem sequer lhe pus a mão,

Mas deixei-lhe uma trova,

Que se espalhou pelo chão.

 

E um canto do céu desceu,

Logo quis saber quem era,

Uma voz me respondeu:

Que era a linda primavera.

 

Quando ouvi tal alegoria

Todo o meu corpo estremeceu

Dei um grito de alegria

“A Primavera não morreu”

Lisboa 2010

 


25.02.15

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BEIRA SERRA

José Augusto Simões

 

Conheço a Beira Serra

É bonita não é feia:

Montanhas, montes e vales

Muita terra e pouca areia.

 

Os matos dos seus terrenos,

Cheios de encanto e beleza,

Todos ali foram criados

Pelo poder da natureza

 

Falando da sua existência

Não é uma palavra em vã

Toda a Beira Serra começa

Na linda vila da Lousã

 

Chegando ao Vilarinho

Começa a subir e não erra:

Três Concelhos se juntam

Góis, Arganil e Pampilhosa da Serra.

 

Três serras bem conhecidas

Fazem a Beira mais bela:

Serra da Lousã e do Açor

E a linda serra da Amarela

 

Havia tantas aldeias

Dispersas por todas as serras

Todas tinham muita gente

Cultivando as suas terras

 

Era tudo gente pobre

Todos mudaram de ideias

Pensaram mudar de vida

Abandonaram as aldeias

 

Era gente de trabalho

Conseguiram uma vida boa

Emigraram para o estrangeiro

A maior parte para Lisboa

 

As aldeias abandonadas

Ruas estreitas e vielas

São agora habitadas

Por veados e gazelas

 

Pudera voltar a subir

Do Vilarinho ao Trevim

Vendo esses frescos matos

E a flor do alecrim

 

Pudesse descer outros caminhos

Com alegria e saudade

Iria fazer a última visita

À Senhora da Piedade.

 

Maio de 2008

 


25.02.15

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FUI AO RIO PARA VER TRUTAS

José Augusto Simões

 

Fui ao rio para ver trutas

Num dia de muito frio

Mas só encontrei grutas

Nem sequer havia rio

 

Apareceu uma menina

A pouca distância se sentou

Onde estás era uma mina

Que a natureza aí deixou.

 

Vi que vinhas enganado

De longe te acompanhei.

Ficaste admirado

Dos passos que por ti dei.

 

A truta que queres ver

Aqui a tens a teu lado

Trago uma carta para ler

Para recordar o passado…

 

É um passado de amor

Escrita que a carta contém.

Eu não sinto qualquer dor

Fizemos tudo por bem.

 

Segredos que a vida tem

Só o sabemos os dois

Nem o sabe minha mãe

Nem o saberá depois

 

Segredos que a vida tem

É uma coisa sagrada

Só tu o sabes meu bem

Ninguém pode saber nada.

 

Lisboa, 19 de Agosto de 2013

 


10.12.14

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ÁGUA DA FONTE

José Augusto Simões

 

Fui buscar água da fonte,

P´ra minha casa levei,

Passei uma velha ponte,

Outro caminho não sei.

 

Deitei-o na cantareira,

No dia seguinte voltei,

Quando cheguei à lareira,

O Cântaro não encontrei.

 

Quem a minha água tirou,

Sabia que ela era minha:

Água e o cântaro levou

Da minha casa velhinha.

 

O cântaro da cantareira,

Eu sei bem quem o levou,

Fez isso por brincadeira,

Mas bem sabe que pecou.

 

Deixou um papel escrito:

- Muito te quero dizer

Sabes bem o que tens dito…

Foste à fonte sem me ver.

Lisboa, 18 de Agosto de 2013

 

Todos os poemas escritos e publicados neste blog

da autoria de Rogério Martins Simões,

ou sob pseudónimo, ROMASI,

estão devidamente protegidos pelos direitos de autor.

(Registados no Ministério da Cultura

- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –

Processo n.º 2079/09)

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Memórias e poesia de um Beirão

nascido em Maio de 1922.

.Poesia e muita sabedoria de um poeta serrano com 91 anos



Obrigado pela visita ao blog do meu pai,

homem notável, impedido de estudar

por ter ficado órfão de pai e mãe aos 14 anos.

A sua memória é notável

sabe de tudo

é uma casa cheia!

Viva a poesia.

e se a vida não nos conhecer

porque nos esqueceu,

lembremos à vida que existimos e vivemos.

Obriga meu querido pai

por me ter ensinado

a escrever poesia

Seu filho, vosso filho

Rogério Martins Simões



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