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PÓVOA - PAMPILHOSA DA SERRA

José Augusto Simões, nasceu na Póvoa Pampilhosa da Serra em 1922 Faleceu em 2016

José Augusto Simões, nasceu na Póvoa Pampilhosa da Serra em 1922 Faleceu em 2016

 

DEDICATÓRIA

 

Blog dedicado a meu pai

JOSÉ AUGUSTO SIMÔES

Nasceu em 1922 e faleceu em 2016

E ao seu povo que o viu nescer.

Um Povo só é grande quando tem história.

A Póvoa tem uma bonita história:

a riqueza e a pureza do seu povo.

Esta é a homenagem e o agradecimento

 que presto a tão grande homem e ao poeta.

Do seu filho

Rogério Martins Simões


22.11.09

(foto Padre Pedro)

João Nunes de Almeida

(Mais conhecido por João Barbeiro)

 

Era natural do Sobral.

Casou na Póvoa, com a senhora Elvira da Piedade que era uma das maiores amigas de minha mãe, Maria da Ascensão Ramos.

Do seu matrimónio nasceram dois filhos: a senhora Maria José Nunes de Almeida, que nasceu no ano de 1914 e actualmente viúva e Antonino Nunes de Almeida, que nasceu em 17 de Março do ano de 1916, já falecido, casado com a senhora Maria do Carmo Nunes da Veiga uma excelente pessoa assim como toda a sua família.

O Antonino, não sendo da minha família e apesar de ter mais seis anos de idade do que eu, era um dos meus maiores amigos. Nascidos na mesma Aldeia sinto por ele uma enorme saudade.

Voltando ao senhor João Barbeiro, nome pelo qual era conhecido, ele era praticamente o médico da Póvoa, assim como da maior parte das Aldeias vizinhas.

Viajava por serras e caminhos de cabra para tratar dos doentes das Boiças, Seiroquinho, Decabelos, Soeirinho, Moninho, Moradias, Carvalho, Sobral de Baixo e de Cima, Covões e de diversas aldeias a sul da Pampilhosa da Serra.

Mas, ainda, fazia serviços da sua profissão no Carvalhal, Aldeia Velha, Adela, Soito, Malhada e Casais do vizinho Concelho Góis.

O senhor João Barbeiro foi, durante anos, creio, até à sua morte, o encarregado do Posto dos Correios da nossa Aldeia.

Os Correios colocaram, à entrada da sua residência, uma caixa onde os habitantes da Póvoa deitavam as suas cartas.

Finalmente retirava as cartas para uma mala, que fechava, e era uma senhora da Póvoa, por acaso da minha família, de nome Maria dos Santos que a transportava para a sede dos Correios da Pampilhosa e que, no retorno, trazia a correspondência destinada aos habitantes da Póvoa a quem fazia a respectiva entrega.

O senhor João Barbeiro era muito “reinadio” Contava, aos miúdos da nossa Aldeia, histórias fantásticas de lobos que com ele se cruzavam, por aqueles péssimos caminhos que tão bem conhecia.

Recordo-me desse tempo, em que o ti João Barbeiro tratava muitas das doenças, com ervas medicinais que tão bem conhecia. No entanto era bastante estudioso, e tinha livros de medicina onde estavam escritas as composições dos medicamentos, que receitava, e que eram compostas na Botica, nome que se dava às actuais Farmácias.

Não poderei esquecer a sua participação na Comissão de Melhoramentos e quero afirmar que o senhor João Barbeiro mais o senhor Alfredo Simão Antunes, o senhor Manuel Mendes de Oliveira e o senhor José Nunes, entre outros, foram aqueles que mais trabalharam para esse fim na Póvoa não esquecendo os outros que quase anonimamente trabalhavam em Lisboa para o mesmo fim, e que tal como ele nunca esperaram ou ficaram à espera de honrarias.

Aquilo que eles fizeram, sem desavenças, e que o ilustre João Barbeiro ficou ligado foi: o Lavadouro público, a abertura da mina, na fonte velha e canalização para a fonte nova no Pereiro e não tenho a certeza se os 5 marcos fontanários.

Lembro que a Comissão de Melhoramentos poucos recursos tinham e com a Câmara Municipal acontecia o mesmo.

Deve-se, de facto, a pessoas como aquele que hoje recordo as pequenas grandes vitórias que tantos engrandeceram a nossa Aldeia.

Estou grato, e deveremos estar agradecidos ao nosso “médico” que tanto ano tratou, abnegadamente, da saúde do povo da Póvoa e de outras aldeias.

Finalizo esta pequena homenagem a este ilustre povoense lembrando, que se alguém mereceu que o seu nome figurasse numa lápide o nosso João Barbeiro merecerá, certamente, uma estátua.

À sua memória e que descanse em Paz.

José Augusto Simões

Todos os poemas escritos e publicados neste blog

da autoria de Rogério Martins Simões,

ou sob pseudónimo, ROMASI,

estão devidamente protegidos pelos direitos de autor.

(Registados no Ministério da Cultura

- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –

Processo n.º 2079/09)

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Memórias e poesia de um Beirão

nascido em Maio de 1922.

.Poesia e muita sabedoria de um poeta serrano com 91 anos



Obrigado pela visita ao blog do meu pai,

homem notável, impedido de estudar

por ter ficado órfão de pai e mãe aos 14 anos.

A sua memória é notável

sabe de tudo

é uma casa cheia!

Viva a poesia.

e se a vida não nos conhecer

porque nos esqueceu,

lembremos à vida que existimos e vivemos.

Obriga meu querido pai

por me ter ensinado

a escrever poesia

Seu filho, vosso filho

Rogério Martins Simões



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